Zakrzówek & Skałki Twardowskiego (2 nova schin e 1 cheetos pra quem pronunciar corretamente).

Fim de semana retrasado resolvi explorar o subúrbio de Kraków.

Eu já havia escutado de um lugar nas redondezas chamado de Zakrzówek, principalmente pela fama de ser um lugar agradável e adequado para andar, nadar, pedalar, fazer piquenique, blá blá enfim, fui mais porque ouvi que haviam pedras e potencial em escalada.

Depois de uma detalhada pesquisa no mapa, descobri que o bondinho que passa aqui perto de casa pára na entrada de um bairro de acesso ao parque Skałki Twardowskiego e ao lago Zakrzówek.

O dia tava nublado, cinzento mas relativamente agradável. Segui uma trilha que dava direto a base das imensas paredes de formação argilosa-ensopada. As paredes de 30 – 40 metros parecem oferecer uma escalada um tanto relaxante, por algumas excessões, a maioria delas se destacam pela ausência de negativos e excesso de pedras escorregadias e soltas que mais parecem massinha. Algumas pessoas enfrentavam o frio e escalavam estilo gelo, com crampons e hammers(mini-picaretas).

Outra característica do parque são suas vastas paredes lisas e baixas, cujas oferecem dezenas de boulders. Bom, fiquei ali imaginando e provavelmente comprarei uma corda e um crash pad em fevereiro para já poder aproveitar os fins de semana mais quentes.

Continuei a caminhada seguindo um caminho estreito e cheguei ao lago. Simplesmente impressionante a enorme cratera inundada no meio do nada. A história desse lago é no mínimo interessante. A pedreira era palco de escavação e extração de pedras, há algum tempo atrás atingiram um lençol freático e de 5 anos pra cá o enorme poço foi inundado. Hoje é um lugar de turismo e prazer para os Cracovianos. Ou não. Seguindo a trilha encontrei uma homenagem a um estudante/artista que em 2005 despencou de bicicleta de uma altura de 30m sobre as rochas.

Espero, em muito breve, poder desfrutar mais do lugar.

Gone snowboardin’…

Janeiro 22, 2009

No último fim de semana fomos arriscar Snowboard em Myślenice, uma pequena cidade acerca de Kraków.

Acordei cedo, fazia sol e o dia estava incrível… logo de cara esqueci meu par de luvas no bondinho. Que bela idéia perder tais ANTES de praticar snowboard não? Desde aquele momento coloquei na cabeça que não poderia cair afinal não queria congelar os dedos.

Chegando à estação principal encontrei meus companheiros de trabalho, David(Colômbia), João(Portugal) e o Thiago, um brazuca que chegou pela AIESEC há pouco tempo. Pagamos 5 zloty num Viplan bem fodido e partimos rumo  Myślenice.

O início do caos:

Chegamos em Myślenice e a estação rodoviária estava fechada, ou seja, não tínhamos idéia para onde seguir a pé ou como buscar informações, afinal fomos “na tora”. Aqui, temos a seguinte filosofia: “Tá perdido, ninguém lhe entende e/ou não sabe por onde começar? Gargalhe bastante e depois pense em fazer algo.”

Seguimos sem rumo, depois de muitas perguntas e poucas informações, chegamos ao pé do morro. Alugamos 4 pranchas num fundo de quintal e partimos rumo à montanha. Que maravilha, muita neve, muito sol, muita empolgação e MUITA dificuldade em pedir um simples passe para subir no teleférico. 500 tipos de cartões e 532 preços distintos na tabela…. simplesmente interditamos a fila quando chegou a nossa vez de comprar, a caixa não falava inglês nem ninguém ao nosso redor.  Depois de muita gargalhada, choros e velas conseguimos subir pelo teleférico que nos levou para o topo da montanha. Logo na saída do mesmo, o Portuga caiu e atropelou um rapaz com o filho, vale lembrar que era a segunda experiência  snowboarding de todos nós.

Depois de pegar um par de luvas de lã emprestadas do Portuga, as enchi de papel higiênico na tentativa de manter os dedos quentes e secos… não havia outra maneira pois lá não vendia luvas, a minha sorte é que deu certo! A luva mesmo encharcada segurou a onda com os papéis.

Passamos cerca de 3 horas no topo, num circuito para iniciantes, que confesso que era bem difícil! Mais difícil que descer esta pequena pista, era subi-la no maldito teleférico suicida. A cada tentativa uma derrota. Colombiano, português e brasileiros estimulando o caos local. O teleférico consistia em segurar uma barra de ferro, colocá-la entre as pernas(soa feio mesmo) e manter o equilíbrio, porém a dificuldade era tão surreal que vi várias vezes os “companheiros” descendo ladeira abaixo e fazendo strikes em pinos polacos.

Anoiteceu e ainda estávamos lá no topo da montanha.. não havia outro jeito de descer senão enfrentar o assustador e íngreme circuito principal. Mas veja bem, “jéramos ” craque na coisa,  eis que surge a idéia de tomar um copo grande de Grzane (típico Quentão extra forte) e descer a bagaça.

Prefiro não comentar a empreitada nem o número de quedas “feias”  mas chegamos ao fim. Como nada é perfeito, o pobre David quebrou o pulso.

Na volta para a casa conhecemos uns polacos no ônibus que nos ofereceram uma bebida típica que consiste em chá e Spiritus(vodka com teor alcólico 95%).

Dobrze dnia!

Cześć!

Galera, cá estou trazendo notícias (Por que será que venho sempre às sexta-feiras?)

Bom, acabei de perder o trem das 19:15 e agora preciso esperar até as 20:10 Kurwa!

A semana foi bem corrida e tive muito trabalho, principalmente com um software de segurança da CA chamado SCM e com um maldito virus Confiker que está atormentando várias redes, mas fuck that. Fui escalar 2x durante a semana e ontem tomei uma gelada com uns amigos.

Comecei finalmente a estudar, em método Tandem Learning, essa torturante e agonizante língua polaca, tive a primeira aula com uma colega que quer aprender português, então seguimos lições em polonês e português. Já de cara meu dever de casa foi contar até 100.

Amanhã Eu, David(Colômbia) e João(Portugal) seguiremos para Myślenice onde vamos curtir um snowboard, dizem que o lugar é incrível e que rolam vários picos. Trago fotos!

No domingo vamos escalar em um outro muro na cidade onde estamos trabalhando num projeto 7a será que sái?!

Sexta padrão

Janeiro 9, 2009

Bom, como de praxe, sexta-feira é um dia mais alegre em qualquer lugar do mundo. Hoje fomos conferir o lago que fica em frente ao nosso prédio de trabalho. Está totalmente congelado, inclusive a pequena cachoeira que o alimenta. Mas será que é seguro atravessá-lo de ponta a ponta? A aposta foi feita e chegamos ao montante de 20 zloty(algo em torno de R$15,00) e fui a cobaia. Com o cu na mão, consegui graças a espessura suficiente do gelo.

Hoje à noite esses PLN$ 20,00 vão virar piw!